Sinto a falta de dinheiro
A falta de trabalho
Sinto a falta do inverno
E das noites de orvalho,
Sinto a falta das manhãs escuras
E das tormentas
Das horas suspensas num relógio
Dos dias sofridos nas tardes alentas,
Dos dias cansados
Quando um segundo se escapa no tempo
Sinto a falta do mar
Quando me puxa o vento,
E lá vou eu à procura do que me falta
E falta-me tudo e falta-me nada
Sinto a falta dos teus lábios
Nos teus braços madrugada.
Luís Fontinha
8 de Junho de 2011
Alijó