Desistir de olhar os pássaros
De perceber o silêncio da manhã
Desistir das correntes que me prendem aos socalcos
E não deixam o meu corpo afundar-se no rio,
Desistir não desistindo de viver
Mas desisto de continuar as braçadas neste mar
Desistir não desistindo de escrever
Mas definitivamente… desisto de sonhar,
Desistir não desistindo das árvores do meu jardim
Das nuvens que adormecem nos meus braços cansados
Nas horas intermináveis da noite
Desisto e desisto e desisto dos meus sonhos falhados.