Não tenho os teus braços
Para alimentar a solidão,
E sinto a falta da tua boca
Para saciar a minha sede
Quando pela manhã
O sol se deita no meu colo,
Não tenho asas
Para voar até ti
E deitar-me na tua mão.
Não tenho os teus braços
Que eram os alicerces do meu corpo…
E da tua boca
Resta-me apenas um beijo
Esquecido nos teus lábios,
Não tenho nada. Nem uma simples sombra
A quem chamar… amor.
Luís Fontinha
Alijó, 12 de Março de 2011