O tic tac dos meus braços
Ó pêndulo em mim desnudado
Mergulhado em cansaços
No tempo desgovernado,
Sem forças para me agarrar à árvore decadente
As minhas pernas vacilam e torcem-se-me na calçada
Na minha sombra cintilante
Oh vida desgraçada,
Sombras no meu peito
Viagem às profundezas da maré
Cigarros sem jeito
Cigarros que me comem ao pequeno-almoço…
E me canso das palavras sem fé
E me canso da corda que penduro ao pescoço.