Os dias e as noites não terminam nunca
E nos olhos em desespero da manhã enraivecida
As pedras que se desprendem do silêncio
Nas mãos que se cruzam na nuvem emagrecida,
Os dias e as noites
As horas os dias e as noites em mim prisioneiras
Uma corda enlaçada no pescoço da solidão
A sombra impregnada das mangueiras,
Vem mar da saudade de ontem
Traz-me os dias e as noites e o cansaço
Vem ao meu encontro cacimbo da manhã
E não tenhas medo dos meus braços.