No vazio da manhã os meus olhos fecham-se
Como o portão da noite,
Das árvores em mim os ramos decadentes
As raízes penduradas no almoço,
Sento-me e canso-me,
Olho o mar
No prato vazio de sopa
Como a manhã
Quando se recusa entrar pela janela,
Os meus braços poisam sobre a tolha despida
E nua, os seios dos azulejos da cozinha,
E a minha boca esconde-se na sombra do cortinado…
Abro a janela e o mar foge
Levanta-se do prato de sopa
Corre pavimento em maré
E extingue-se nas nuvens da tarde.