Apalpam-lhe as nalgas
Derrama um Ai sobre a mesa
Cruza silenciosamente os braços
Puxa de um cigarro vadio
Pega no copo de uísque
E vê duas pedras de gelo com cio
Duas gajas que se lambem
No seio do álcool
Dois lábios
Comem outros lábios
Dois púbis
Entrelaçam-se nos lençóis da tarde
Dois gajos que se beijam
E duas gajas que se apalpam,
Apalpam-lhe as nalgas
Derrama um Ai sobre a mesa
Cruza silenciosamente os braços
E as pilas dos gajos murcham
E os púbis das gajas dentro do copo de uísque
Bebe o uísque
E come as gajas de gelo
Cambaleia na sombra da rua
Agarra-se ao candeeiro que cresce entre as pernas
É assim a vida noturna
De dois gajos e duas gajas e um copo de uísque…