A brisa dos teus lábios
Quando acorda na minha boca
E as minhas mão em concha
Deixam-te louca,
Encosto-as ao teu ouvido
E ouves o mar
Os teus braços ancoram no meu pescoço
No desejo de me beijar,
A brisa dos teus lábios
Que em pedacinhos de nuvem adormecem no meu peito
E o meu coração uma espiga de milho
Suspensa no teu leito,
Sem jeito tropeço na tua sombra
E dos teus seios o infinito amanhecer
As horas cansadas morrem no meu pulso
Quando sinto a noite nascer,
A brisa dos teus lábios
No odor das gotículas da tua pele
Não morras noite
Porque se a noite morrer acaba-se-me o mel.