(e porque devemos ser livres de amar, A todas as mulheres que amam mulheres)
Os púbis entrelaçados
Nos ramos de uma amoreira
Os pássaros em gritos cansados
Que se encostam aos púbis à lareira
Quando quatro seios leem literatura
E os umbigos entretidos na poesia
Dois lábios se beijam com ternura
E duas coxas se desejam durante o dia
Uma boca e outra boca
Que mergulham na noite escura
E uma das mãos louca
Palmilhando os lençóis de seda escarlate
Que procura
O coração da outra que bate.
(novo acordo ortográfico)