O cachimbo de água
Alicerçado na finíssima pele da madrugada
O fumo impresso em mágoa
No odor da manhã evaporada,
Do silício que abraça a minha mão
Um segundo de nada
O ronco do coração
O feitiço da calçada,
O cachimbo de água que mergulha nas palavras incompreendidas
Do corpo o meu silêncio em desejo
No corpo as silabas encardidas,
O cachimbo de água é meu
Quando procuro e não vejo
As estrelas no céu.