Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

23
Jul 11

O cachimbo de água

Alicerçado na finíssima pele da madrugada

O fumo impresso em mágoa

No odor da manhã evaporada,

 

Do silício que abraça a minha mão

Um segundo de nada

O ronco do coração

O feitiço da calçada,

 

O cachimbo de água que mergulha nas palavras incompreendidas

Do corpo o meu silêncio em desejo

No corpo as silabas encardidas,

 

O cachimbo de água é meu

Quando procuro e não vejo

As estrelas no céu.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:43

Julho 2011
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