A voz cansada na dobra da ribeira
E da flor espancada sob a miséria do nada
Um petroleiro à minha beira
Em socorro da alvorada,
Da voz o suor da doença
Quando engasgada na manhã estilhaçada
No corpo a pele fina da nascença
Do corpo o silício da calçada,
As amoreiras em flor
E as pedras abraçadas
E o rio em amor,
Os teus braços suspenso em mim
Quando as nuvens esmigalhadas
Escondem as árvores do jardim.