Só sairei de Alijó quando eu quiser
E por minha vontade
Não porque o doutor quer
Em seus sorrisos de vaidade,
Cheguei primeiro
A esta ilha desgovernada
E se alguém tiver de sair
Saia o doutor risada
Vá-se embora de madrugada
E leve todos os cães e cadelas
Que se ajoelham e lambem botas e rezam no altar de fingir
Porque Alijó era terra de paisagens belas
E agora parece ruir,
Ai, ai doutor risada
Que não deves conseguir dormir
Com tanta trapalhada,
E um dia vais cair
Tu e toda a escumalha
E Alijó voltar a sorrir
E pertencer a quem trabalha,
Só sairei de Alijó quando eu quiser
E por minha vontade,
Adeus doutor risada
Vai-te embora e leva a escumalha
E enfia as botas cu acima,
Que palhaçada
Humilhar-se quem trabalha…
É esta a sua sina!