Há dias que não terminam
Há dias que correm apressadamente
Há pernas que não caminham
Nos dias sem gente,
Há dias de alegria
E há dias de miséria
Dias em nostalgia
Dos dias sem matéria,
Há dias de fé
Em dias sem cabeça
Dias passados no café
Na espera que alguém apareça,
Há dias que me dão uma moedinha
E dias que sou abençoado com cigarrinhos
Dias a olhar a vinha
Em socalcos magrinhos,
Há dias que não terminam
Há dias que correm apressadamente
Há dias que me desanimam
E dias que vivo alegremente.