Há qualquer coisa de estranho
Nos teus olhos, meu amor,
Quando me olham transformam-se em estrelas
E quando me recordam
Em lágrimas de amanhecer,
Há qualquer coisa de estranho
Nos teus olhos, meu amor,
Não sei se é das nuvens
Ou dos silêncios da dor,
Mas quando me olhas o teu corpo funde-se
Nas encostas da montanha,
E nos teus olhos crescem rosas,
Há qualquer coisa de estranho
Nos teus olhos, meu amor,
Porque nos socalcos do teu corpo
Corre um rio,
E nos teus seios ancora-se o pôr-do-sol,
E não sei porquê, meu amor,
Mas é tão estranho…
Nos teus olhos brincarem gaivotas!