As silabas envenenadas
Entre os seios da montanha
E de portas escancaradas
As palavras com ronha e manha,
O papel onde escrevo emagrece
Desce nas profundezas do oceano
As palavras que toda a gente esquece
No final de cada ano,
E de um barco amordaçado
Uma vela espera pelo vento
As silabas que no teu corpo dependurado
Dão à palavra vida e movimento…