Suspendes-te nos meus braços
Plátano que dás sombra e vida,
Malditos pássaros
Que atravessam os socalcos
E poisam na tua mão em despedida,
Flor que aquece o meu olhar,
Fio de espuma
Onde se esconde o mar,
Malditos pássaros
Enrolados nos meus braços,
Canso-me dos plátanos
Rio-me dos cansaços,
Suspendes-te nos meus braços
Manhã que acabas de acordar,
Não fujas dos sargaços
Não tenhas medo de amar,
E a vida um plátano…
Na manhã acorda
Da noite evapora-se
E na tarde em sonhos de criança.