Dentro das gargantas do inferno
O rio que se esconde da madrugada
E o frio e a geada
Que pausadamente esperam o inverno,
Perco a vontade de viver
E esqueço-me do mar
O que a vida me dá e o que me quer…
E percebo que a vida é uma roda que não se cansa de girar,
E tanto sobe como desce
Nas noites intermináveis quando as horas adormecem
E os meus olhos esquecem
A lágrima que aparece,
Dentro das gargantas do inferno
O rio que se esconde da madrugada
E quando nasce a alvorada
O mar fica eterno…