Quando no rio se esconde uma traineira
Virada para o mar,
E do rio cresce uma macieira
Que não se cansa de voar,
Quando no rio voam as tuas asas
E do teu corpo nasce a noite escura e nua,
Quando o rio afoga as brasas
Quando o rio se esconde na lua,
Quando no rio a tua mão ao de leve poisar
As nuvens olham-te em abraços,
No rio se esconde uma traineira virada para o mar
Enrolada em sargaços…