O fio da navalha pregado no meu pescoço
E a manhã emagrece e das horas oiço o silêncio
Das minhas mãos suspende-se um crucifixo
Que me olha impaciente,
Tem-me medo, e se esconde na sombra dos plátanos,
Pendura-se nos meus ombros
E olha-me
E olha-me,
O fio da navalha cravado nas minhas veias
E a morte espreita-me pela janela
O mar entra em mim
E o mar me leva para longe…