Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

01
Set 11

Recomeçar de novo, e renascer das cinzas.

Por vezes pensamos que a nossa vida não faz sentido, por vezes achamos que nunca vamos conseguir sair do buraco fundíssimo onde nos encontramos ou que os dias vão ser sempre noite.

Pensamos e achamos, e por vezes, e por vezes estamos redondamente enganados.

Aprendi que nada é eterno, e mesmo as ditaduras mais ferozes, mais cedo ou mais tarde, caiem, desmoronaram-se, e temos neste momento a situação da Líbia, ao fim de 42 anos de ditadura e desrespeitos pelos direitos mais simples e básicos a que qualquer cidadão tem direito, o povo acordou, e se o povo quiser, em união, tudo é possível.

Não quero deixar aqui nenhum apelo a uma revolução ou desordem pública, mas cada um de nós, pode e deve fazer a sua própria revolução, uma revolução interior, e se possível mudar de vida, recomeçar do zero.

Aprender novamente a caminhar, E depois, qual é o problema?

E pensei, e pense, e nem poderia ser de outra forma, recordei os momentos da minha infância, em Luanda, e recordo-me, e veio-me à memória quando eu caía no quintal e passados alguns momentos levantava-me, é verdade que às vezes com lágrimas nos olhos, mas levantava-me, e se nunca o tivesse feito, possivelmente ainda hoje estaria deitado debaixo das mangueiras à espera que alguém me ajudasse a erguer.

Não é vergonha recomeçar do zero.

E renascer das cinzas.

Caí muitas vezes, muitas, e sempre me ergui, Porque não agora?

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:34

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