A noite em pedacinhos de papel
Que engorda com rímel
E cresce e cresce
E agarra-se a uma estrela suspensa por um cordel,
A noite, é assim, doce como o mel
Umas vezes sorri, outras, desparece
A noite é um anel
Que no dedo emagrece,
E o pintor pinta-a com o pincel
E da noite uma mulher aparece
Agachada num batel,
A noite em pedacinhos de papel
Que engorda com rímel
A noite é uma árvore cansada
Que brinca no mar,
A noite em pastel
Quando a lua adormece
E nasce a madrugada…