Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

14
Mar 11

Chove.

Chove e no teu rosto as lágrimas

Do fim de tarde,

Quando os malmequeres

Se despedem do Sol,

E hoje não sol,

E hoje a chuva do teu rosto…

O sorriso das nuvens.

 

Chove.

 

Chove e dentro do meu corpo

Crescem algas multicolores,

Algumas feiinhas,

Outras… são uns amores.

 

Chove.

Chove e no teu rosto as lágrimas

Do fim de tarde,

E eu engolido pela tempestade

 

Que no centro do vortex

Olho as tuas lágrimas,

 

E sento-me junto ao rio

 

Chamando aos barcos; barcos.

 

E às lágrimas; lágrimas.

 

E à chuva; tristeza…

 

 

 

Luís Fontinha

14 de Março de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:22

Se eu pudesse esconder-me

Na sombra de um embondeiro,

Abraçar-me às suas mãos

E ficar quietinho até amanhecer,

 

Sentar-me nas suas raízes

E fumar o meu cachimbo em desespero…

E com o fumo fabricar meninos

E dos meninos, eu olhava sorrisos

 

Em brincadeiras de crianças

À espera do cair da noite.

 

Se eu pudesse esconder-me

Na sombra de um embondeiro,

E esperar o cair da chuva…

E olhar o céu em liberdade.

 

Se eu pudesse sentar-me numa pedra

À sombra de um embondeiro

E à minha volta o cheiro da tristeza

Ia embora,

 

E o mar vinha até mim.

E o mar trazia-me os sonhos de ontem

Porque hoje, hoje perdi os sonhos…

À sombra de um embondeiro.

 

 

 

Luís Fontinha

14 de Março de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 18:54

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