Chove.
Chove e no teu rosto as lágrimas
Do fim de tarde,
Quando os malmequeres
Se despedem do Sol,
E hoje não sol,
E hoje a chuva do teu rosto…
O sorriso das nuvens.
Chove.
Chove e dentro do meu corpo
Crescem algas multicolores,
Algumas feiinhas,
Outras… são uns amores.
Chove.
Chove e no teu rosto as lágrimas
Do fim de tarde,
E eu engolido pela tempestade
Que no centro do vortex
Olho as tuas lágrimas,
E sento-me junto ao rio
Chamando aos barcos; barcos.
E às lágrimas; lágrimas.
E à chuva; tristeza…
Luís Fontinha
14 de Março de 2011