Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

16
Mar 11

 

“O KAOP PARK tem uma área aproximada de 170.000 m2, ou seja, 17 hectares, e fica situado na província de Luanda, em Caop Velha (Município do Cacuaco).

É um Parque Empresarial com 43 Pavilhões (áreas de 500 a 8.000 m2), que inclui uma zona Residencial com 216 apartamentos T3 e ainda um Parque Desportivo.

O KAOP PARK está dimensionado para o desenvolvimento de todas as actividades empresariais, mas procura incentivar áreas indústrias que abordem necessidades específicas do país e que sejam criadoras de postos de trabalho.

Tecnologicamente avançado, possui um conjunto de infra-estruturas, equipamentos e serviços de alta qualidade, oferecendo a melhor solução qualidade/preço para Venda ou Arrendamento de Pavilhões, Lojas, Escritórios e Apartamentos, em Condomínio Fechado.

O Projecto pretende incentivar o jovem empresariado nacional e cativar também o investimento estrangeiro, facilitando a ambos a fixação e crescimento de empresas, principalmente,  através do Arrendamento de espaços.

No KAOP PARK encontra uma vasta oferta de serviços e exclusividades, que fazem deste empreendimento a aposta certa para um futuro de sucesso pessoal e profissional.”

Fonte: http://www.kaoppark.com/

 

Hoje lembrei-me deste projecto. Desconheço se já está em execução, e espero um dia visitá-lo.

Apenas fica aqui a saudade do dia em que estive 22 horas a trabalhar para imprimir partes deste grandioso projecto.

 

 

Luís Fontinha

Alijó/Portugal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: http://www.kaoppark.com/

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:45

 

 

Acrílico sobre tela: 40x40

MiLove

publicado por Francisco Luís Fontinha às 20:45

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

publicado por Francisco Luís Fontinha às 13:31

O sol definitivamente deixou de acordar em mim

O mar eternamente escondeu-se numa sombra

O silêncio permanentemente vive no meu corpo…

 

O sol, incapaz de me amar,

Entre as nuvens do amanhecer.

 

Em mim a dor

Que se despede numa deserta rua da cidade,

Em mim o abismo quando depeno uma flor

E com as suas pétalas construo a saudade,

 

Em mim deitado no caixão

E de braços cruzados,

E de mim acorda a solidão

Em mim pássaros pendurados…

 

O sol, incapaz de me amar,

Entre as nuvens do amanhecer.

 

E deus, feliz, contente…

De aos poucos me ver morrer.

 

 

 

Luís Fontinha

16 de Março de 2011

Alijó/Portugal

publicado por Francisco Luís Fontinha às 13:11

Aos poucos deixo de amar as palavras

E das frases levantam-se fantasmas,

Aos poucos nas palavras

O meu corpo começa a desfazer-se

 

E à minha volta apenas pó.

Aos poucos em mim

As palavras que eu tanto amava

Transformam-se em nada,

 

Simples coisas banais do dia-a-dia.

Aos poucos deixo de amar as palavras

E das frases levantam-se fantasmas,

E na minha mão cresce uma palmeira

 

Brinca uma gaivota junto ao mar,

E aos poucos eu sem palavras

Perdido nas páginas em branco da vida…

Que aos poucos acorda na escuridão.

 

 

 

Luís Fontinha

16 de Março de 2011

Alijó/Portugal

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:40

Do chão emerge a poeira depois da discussão que eu tive com o vento. Não podia aceitar de mão beijada as condições que ele me impunha, e a chuva estava do meu lado.

Eu sentado numa pedra ao abandono junto ao rio, ele soprando ferozmente em torno de mim, e a chuva encostada aos meus ombros, cabeça quieta, a choramingar, triste porque tinha acabado de bater com uma mãozinha numa nuvem,

- e eu triste,

Eu triste e ela é que chorava,

- mariquinhas, quem devia chorar era eu… agora só porque bateu com a mão de raspão numa nuvem…

- de raspão dizes tu, doeu como o caraças…

- coitadinha, que pena eu tenho,

O vento enfurecido,

- vocês os dois não se calam? Começo a ficar farto de vos ouvir,

Pronto, digo eu, não está cá quem falou.

E pronto nada. E eu triste.

E começo a sentir os grãos de areia nos dentes, e ao mesmo tempo que mexia a dentadura arrepiava-me como se estivesse dentro de uma tempestade, olhava para o rio e ele a descansar, quieto, e pensava cá para mim,

- então está bem, este em vez de correr para o mar, não, senta-se junto aos canaviais…, começa a ficar tudo louco,

E de tudo louco eu um pouco. E eu triste.

Começa a ficar tudo louco, e eu acabo de ser presenteado com os excrementos de uma garça mesmo no centro da minha cabecinha,

- que raio, ao ponto que eu cheguei…,

A chuva,

- é a tua decadência,

E quando até os pássaros fazem as suas necessidades sobre nós…, estamos prontos, é o fim,

- pois é chuvinha… e daqui a nada levas um pontapé no rabinho que vais parar à outra margem,

E a chuva cabisbaixa,

- e já agora porque discutiste com o vento?

Parvoíces…

O vento queria que eu voasse sem asas…

- só um louco é que diz uma coisa dessas,

Porquê?

- eu sou a chuva e voo sem asas…

 

 

 

(texto de ficção)

Luís Fontinha

16 de Março de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 01:47

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