Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

18
Mar 11

Amo-te quando me deito na solidão

E acordo no desespero,

Amo-te na madrugada

Quando em mim acorda a tua mão

 

E no meu rosto vai poisar

O delírio do mar,

 

Amo-te como és

E como foste

E como serás no futuro…

 

Amo-te quando me chamas de parvo

Ou apareces de surpresa no meu coração,

E lá fora cai a chuva

E em mim nasce um nuvem escura,

 

E mesmo debaixo da tempestade

Em que se transformou o meu viver…

Amo-te;

E o amor dá-me vontade de gritar,

 

E bem alto dizer,

Não vou desistir.

 

 

Luís Fontinha

18 de Março de 2011

Alijó/Portugal

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:58

Porquê?

Porque o sol não é igual para todos

E a noite só existe para alguns…

Porquê?

 

Porque uns podem ter sonhos

E os outros viver em pesadelo…

 

Porquê?

 

Porque deus é arrogante,

E fica feliz, e fica contente…

Em ver-me rastejar,

 

Porquê?

 

 

Luís Fontinha

18 de Março de 2011

Alijó/Portugal

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:01

O azul do céu escoa-se pelas entranhas das portas.

Ao fundo do corredor uma janela

Uma saída para a felicidade,

Milímetro a milímetro a luz natural das coisas

 

Despede-se na noite,

E do meu corpo crescem abelhas.

Tenho um espelho no meu quarto

Com cinco esquinas diferentes,

 

Com três sombras desenhadas.

O azul do céu escoa-se pelas entranhas das portas

E as portas ceradas,

E no corredor passeia uma gaivota

 

À procura do silêncio da lua,

Preciso de me esconder pelas frestas da solidão

E as frestas cerradas,

E das portas, também elas cerradas,

 

Os gerânios

Que se ajoelham aos meus pés,

Nada tenho para lhes dar…

Apenas lhes dizer (- também estou só!).

 

 

 

Luís Fontinha

18 de Março de 2011

Alijó/Portugal

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:03

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