Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

04
Abr 11

Doces beijos

Em amargos lábios

Ruas em transe

Quando os cabelos se ausentam no vento

 

E da luz nascem saudades

Dos doces beijos

Do mar que brinca na boca

E o sorriso se alimenta

Da maré

Com doces beijos

Em amarga boca

Em palavras sem fé

 

Doces beijos

Em amargos lábios

Ruas em transe

Quando os cabelos se ausentam no vento

E um veiculo apressado

Rumo à dor dos teus braços

Dos doces beijos

Nos desejados abraços

 

Doces beijos

Pedem-me os teus lábios

Carícias

Imploram-me as tuas mãos

Doces beijos

No teu corpo desejado

 

Ruas em transe

Quando os cabelos se ausentam no vento

E a tua boca me dá doces beijos

Nos teus lábios amados

 

Pelos meus lábios

Com os meus beijos

Dos teus doces beijos…

 

 

 

FLRF

4 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:08

Deixei de ver sorrisos no teu rosto

E nos teus olhos começaram a crescer silêncios

Rios que não vão para o mar

E ruas sem saída

 

Deixei de ver sorrisos

Na janela que dava para o cais

E agora apenas sinto o baloiçar

Dos cortinados enfurecidos

 

Na saliva do teu gritar

Da raiva que te engasga na madrugada

Deixei de ver sorrisos no teu rosto

E hoje não sorrisos, hoje lágrimas

 

Que ofuscam o teu olhar.

Deixei de ver no teu rosto a mão que me acariciava

Nos olhos que me diziam boa noite…

Quando o teu corpo ainda me amava.

 

 

FLRF

4 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 17:51

O meu esqueleto pendurado no cabide

E com o que me resta faço uma fogueira

Queimo todos os meus livros

Incendeio as minhas telas

Está vento

Palavras são levadas pela rua

Corro em busca delas

Nada poderá ficar intacto

Apenas cinzas

E o meu esqueleto pendurado

 

De perna entrançada

Fuma cachimbo

Está vento

As cores das telas

Entram na sarjeta

O meu esqueleto pronto para ser encaixotado

 

E não tenho a certeza

Não tenho a certeza se os meus ossos

As cinzas dos meus livros e das minhas telas

Têm espaço no caixote da morte…

E o caixote da morte fecha-se sobre mim.

 

 

 

FLRF

4 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:58

Sinto nos teus beijos a amargura

A distância entre o sol e a terra

Sinto na tua boca a mágoa

Que nos teu lábios perdura

O amanhecer na serra

 

Sinto as tuas mãos que escondem o meu olhar

E na minha cama eu enrolado nos lençóis de seda

Tenho medo de acordar

E perder-me na vereda

 

E sentir nos teus beijos a amargura

Que da noite se alimenta…

Sinto na tua boca a mágoa que perdura

E no meu colo se senta…

 

 

 

FLRF

4 de Abril de 2011

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:12

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