Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

24
Abr 11

Pergunto ao mar

As palavras que esconde nas suas ondas

As sílabas que escreve na finíssima areia

Quando em mim crescem algas do fim de tarde,

 

Pergunto ao mar

Onde guarda os meus poemas

E da minha janela os cortinados

Que se agarram ao silêncio…

 

Quando pergunto ao mar

E o mar afunda-me no oceano

 

Não me deixando perguntar.

 

 

FLRF

24 de Abril de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:07

Quem ajuda

Este pobre e velho cansado

Que aos poucos se afunda no oceano

De mãos atadas ao peito

 

De calhau prisioneiro aos pés

Até à mais profunda escuridão

Quem ajuda

Este pobre e velho cansado

 

Quem?

Quem ajuda

Este vagabundo do infinito…

Quem lhe dá a mão

 

Quem ajuda

Este pobre e velho cansado

 

Quem o salva da escuridão?

 

 

FLRF

24 de Abril de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:11

Tenho medo de perder-te

Na esquina de uma rua

Tenho medo

Do mar quando se revolta

 

E o teu sorriso suspenso nas ondas

Junto ao cais que me viu partir

Ontem

Eu criança enrolado nas mãos do vento

 

Procurava o teu corpo que brincava na água

E hoje não

Hoje não água

Hoje apenas o silêncio prisioneiro da maré

 

À minha espera no pôr-do-sol

À espera de uma criança

Enrolado nas mãos do vento

Com medo de perder-te…

 

Com medo de acordar

E nos teus olhos as lágrimas

Que aos teus lábios transporta

A revolta do mar.

 

 

FLRF

24 de Abril de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:17

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