Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

25
Abr 11

 

 

Corre em mim o rio da saudade

Entre montanhas de néon

Corre corre o rio onde deixei as minhas lágrimas

E hoje passeiam as gaivotas em liberdade

 

Corre em mim o rio onde me sentava

E ao longe vinha o pôr-do-sol

E em mim os dedos aflitos com o cigarro

E em mim o rio se entranhava

 

Submergia-me junto à torre…

E eu sonhava

Corre em mim o rio da saudade

Que ao cair da noite me aparece

 

E me deseja bons sonhos

Boa noite

Corre em mim um rio vadio…

E nunca me vai amar

 

E eu amo-o desde que me dentei nos seus braços

Entre montanhas de néon

Corre em mim o rio da saudade

Corre corre o rio junto à calçada.

 

 

FLRF

25 de Abril de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:03

Abraça-me sem medo do vento

E poisa as tuas mãos nos meus olhos

Vendados pelo sofrimento

Abraça-me

 

Enquanto a tempestade não passa

E nas ruas correrem as sombras dos teus braços

Abraça-me apertadamente

Como não existissem cordas ou laços

 

Que prendem o meu corpo em flor

Apressadamente correndo os trilhos da saudade

Abraça-me sem medo do vento

Ou tempestade.

 

 

FLRF

25 de Abril de 2011

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:18

À espera de um olhar,

Um apenas; o teu.

 

E neste jardim

Onde me sento e descanso,

Longe de mim,

Esconder o que penso.

 

À espera de um olhar,

Um apenas; o teu.

 

Não tenho pressa de caminhar,

E se adormeço,

Não posso adormecer. Fico a sonhar,

À espera de um olhar,

Um apenas; o teu.

E não sendo o que pareço,

 

À espera de um olhar,

Um apenas; o teu.

O teu olhar que não mereço.

 

 

Luís Fontinha

Alijó

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:32

Olha…, vou contar-te uma estória

De quando eu era pequenino,

Franzino,

Muito menino,

Esquecido na memória.

 

Uma flor

Dançava na mão de uma donzela,

E ela, a donzela,

Sorria de tanto amor…

 

Dançava e corria

No jardim de ninguém,

E sempre que alguém

Aparecia…

Corria e dançava,

Sonhava

E corria,

 

E a flor

De tanto dançar,

Apaixonou-se, enlouqueceu de amor

Amor de sonhar,

Sem ondas de mar,

Com sonhos de maré, sem maré de sonhos,

Eis a flor,

Meu teu grande amor,

Amor dos teus lábios risonhos…

 

Mais tarde, no futuro longínquo, distante,

A flor espera pela sua donzela,

Espera sua amante,

Amor com amor se paga,

E se transforma em cinza, amarga, e cansada,

Esconde-se no infinito ausente.

 

 

 

Luís Fontinha

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:27

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