Sou um pássaro
Que vagueia nos teus lábios
E se deita na tua boca,
Quando o mar entra pela janela.
Luís Fontinha
8 de Maio de 2011
Alijó
Sou um pássaro
Que vagueia nos teus lábios
E se deita na tua boca,
Quando o mar entra pela janela.
Luís Fontinha
8 de Maio de 2011
Alijó
Porquê se escondem as flores
Na minha mão,
Porquê nos meus olhos
Lágrimas em construção,
Porquê no meu quintal gaivotas,
E eu, eu tão longe do mar…
Porquê este aperto no peito
Na angustia de adormecer,
Porquê, porquê o meu corpo sem jeito
Encalhado no amanhecer,
Porquê viver…
Se posso morrer,
Olhar as estrelas
E pintar o céu de encarnado,
Porquê a minha mão na algibeira
A procurar o que não é encontrado…
E no ramo de uma macieira
O meu corpo pendurado,
Emagrecido
Decadente
Velho e cansado…
Esquecido
Em fogo ardente…
Com um cigarro apagado.
Luís Fontinha
8 de Maio de 2011
Alijó