Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

28
Ago 11

Este blog está muitas vezes em destaque no Sapo Angola, e claro que fico orgulhoso, é destacado por mérito, penso eu, e parece que penso bem, este blog nunca foi destacado por CUNHA, não senhor, nunca tive CUNHAS, e não sou dado a lambedelas, este blog é meu, continuará a ser meu, e só morrerá quando eu morrer, e foi esta a promessa que fiz a quem o desenhou, Teresa Alves).

 

Obrigado à Teresa Alves;

Obrigado ao João Sá;

 

Luís Fontinha

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:50

Te entranhas nas águas ondular

Te misturas na espuma ao anoitecer

Te perdes na areia do mar

Te cansas sem correr,

 

Te desejas caminhar

No silêncio de uma gaivota

Te entranhas no mar

Em palavras de revolta,

 

E caminhas sem parar

Te entranhas nos seus braços fingidos

Te acaricia os teus lábios de beijar

Do mar os teus desejos prometidos…

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:05

Nada acontece por acaso, nada, e uma mulher não entra na nossa vida por acaso, se fosse verdade, se fosse verdade uma mulher entrar em nós por acaso, a vida não tinha sentido, e nada nos acontece por acaso, nada, E o que seriam dos dias se existisse sempre Sol?, monótonos, tristes,

 

Os dias têm de ter Sol, os dias têm de ter chuva, os dias têm de ter tempestades e trovoadas, só assim, só assim fazem sentido, E o que seriam dos dias sem vento?, o mar não tinha ondas, os veleiros não se moviam, e nada, nada acontece por acaso,

 

E eu, eu acredito, eu não acredito em deus, eu não acredito em destinos, e eu, eu acredito em mim, e acredito que nada nos acontece por acaso, e tudo, tudo tem uma explicação lógica,

 

Neste momento, neste momento estou a um milímetro de cair pelo precipício abaixo, e acredito, e acredito que alguma coisa de boa vai acontecer, e neste momento estou com uma espingarda apontada à cabeça, e acredito que esta vai encravar, porque quando dizem que o errar é humano, é verdade, mas as máquinas também erram, as máquinas são constituídas por pequenos mecanismos, e estes, às vezes falham,

 

E nada acontece por acaso, e uma mulher, uma mulher não entra em nós por acaso,

 

E eu acredito que uma gaivota vai pegar em mim, tirar-me do precipício e levar-me para a areia finíssima da praia, deito-me no chão de barriga para cima e olho o céu, e digo Nada acontece por acaso, Nada.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 15:44

É domingo, é domingo e hoje, hoje esqueci-me de acordar, adormeci, fiquei enrolado nos lençóis da noite, sonhava, sonhava que caminhava sobre as nuvens de mão dada com deus, e penso, é impossível, deus não existe, e as nuvens, as nuvens não existem,

 

É domingo, é domingo e percebo que uma nova semana acorda, igual à semana que termina, e percebo que as horas são uma sucessão de desilusões, umas trás das outras, o relógio caminha apressadamente no meu pulso, e os meus braços começam a fraquejar, sem forças,

 

É domingo, é domingo e percebo que quando chegar a noite uma âncora se espeta no meu peito, eu, eu sou o mar, e o barco enferrujado da vida poisa na minha mão, desisto, não desisto, e pergunto-me, ele pergunta-se, O que faço?, O que vamos fazer?,  e deus, e deus que não existe responde-me, e deus que não existe responde-lhe, Nada, espera, espera que o mar entre pela janela, não façam nada, esperem que o mar entre dentro de vós,

 

E eu, e ele, vamos esperar a chegada do mar…

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:31

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