Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

16
Set 11

O que adianta ao homem ter milhões depositados num banco, se por qualquer razão, não lhe é permitido movimentar esse dinheiro e vive na miséria…

 

Luís Fontinha

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:46

Não tenho nada

Quando o que tinha perdi,

Deitei fora a madrugada

E na rua fria e escura senti

 

A solidão da pétala adormecida,

E não tenho nada…

Porque o que tinha perdi,

 

Porque o que tenho são ruas sem saída,

 

Na solidão da vida!

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:35

Abraçar-me a alguém ou a alguma coisa, nem que fosse a um embondeiro, deitar a minha cabeça no seu tronco e ouvir-lhe o palpitar do coração, pegar-lhe na mão e ficar em silêncio até que a noite se evapore na madrugada, hoje apetece-me um abraço mesmo sendo de um embondeiro,

 

E não quero olhar o mar, porque para mim é um luxo, e não me apetece ver a lua porque todas as noites a mesma lua, umas vezes de rosto descoberto pendurada na janela do céu e outras deitada, posições diferentes da mesma pessoa,

 

Abraçar-me a alguém ou a alguma coisa, nem que fosse a sombra de um candeeiro, nem que fosse um dos tantos livros que guardo, mas tenho preguiça de esticar os braços, procurar o livro certo porque hoje não me apetece abraçar a qualquer livro,

 

E não quero olhar o mar,

 

E começo a odiar o mar, as nuvens e as estrelas e os rios e as montanhas, porque hoje nem que fosse a um embondeiro, hoje abraçava-me a ele e ficava quietinho como fazem os pássaros, poisam nas árvores invisíveis, suspendem a respiração e adormecem,

 

Hoje preciso de um abraço, de alguém ou de alguma coisa, não interessa e não importa, apenas um abraço,

 

E não quero olhar o mar,

 

Porque o mar acorda-me a solidão,

 

Porque hoje odeio o mar.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:42

Vivo numa caixa de sapatos

E completamente só,

E sou tão pequenino

Que não consigo erguer a tampa e sair,

 

Libertar-me das nuvens de tempestade,

Voar sobre os silêncios do mar,

Sou e estou tão só

Nas amarras da saudade,

Sou e estou tão só

Nas planícies dos dias que correm sem parar,

Sou e estou tão só

Nos versos de amar,

Sou e estou tão só

Que as palavras de mim têm dó,

 

Sou e estou tão só…

Neste inferno de sonhar!

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:18

Setembro 2011
Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab

1
2
3

4
5
6
7
8
9





Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

subscrever feeds
Posts mais comentados
mais sobre mim
pesquisar
 
blogs SAPO