Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

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Nov 11

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:08

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 20:38

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

 

Tenho nos lábios

O sabor amargo da pétala de uma rosa

Um silêncio desmedido entra-me pela garganta

E poisa sobre o mar que dentro de mim brinca

E se revolta

E finge ser feliz

 

Tenho nos lábios

A pérola cansada de um dia de outono

E a minha cabeça de abobora cortada em pedacinhos

Dentro do prato de sopa

Ao jantar…

E nos meus lábios o sabor amargo da pétala de uma rosa

 

Num jardim invisível

Que olha o mar que dentro de mim brinca

E se revolta

E finge ser feliz

Tenho nos lábios

O fel de uma manhã de outono

 

Uma nuvem esquecida

Junto ao cortinado da noite

E se revolta

E finge ser feliz

E no mar que dentro de mim brinca…

Os crocodilos de Angola escondidos no capim à minha espera

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:23

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 13:24

O voo inconstante dos meus braços

Sobre as árvores da manhã

Procuro um sorriso nas sombras que se cruzam comigo

E não

Não sorrisos

Procuro e procuro e procuro

 

E o voo dos meus braços sobre as árvores da manhã…

O meu corpo evapora-se e desaparece nos ciprestes junto ao rio

E o meu corpo desprega-se dos braços

E o voo e o voo e o voo… entalado nas rochas da montanha

E o voo dos meus braços de silêncio nos lábios

E não sorrisos

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:50

Há dias que acredito

Ser um pedaço de papel insuflável

A viajar de árvore em árvore

Há dias que acredito

Ser um pássaro

Ou um papagaio de papel suspenso por um cordel

 

Nas mãos de um menino

Há dias que não acredito

Há dias que não tenho dias

E noites sem noites

Há dias que sou um cubo de gelo

Poisado sobre a mesa de cabeceira

 

Há dias que acredito

Ser um pedaço de papel insuflável

A viajar de árvore em árvore

Uma bola de sonhos

Que aterra numa rua da cidade

E percebo quando me levanto que a rua não tem saída

 

E a cidade não existe

Há dias que acredito

Ser um vagabundo

Ou um miserável

Há dias…

A viajar de árvore em árvore

publicado por Francisco Luís Fontinha às 01:39

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