Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

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Nov 11

 

84,1x118,9 (desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:45

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:09

Caiem sobre o meu corpo as lágrimas dos plátanos

E ao olhar-me no espelho da noite

Sou um plátano que se desprega lentamente do mar

E nem o vento faz balançar o meu tronco

E nem a chuva cessa as lágrimas dos plátanos

Que caiem lentamente sobre o meu corpo

 

Sento-me sobre a areia molhada

E com a minha mão faço desenhos nas lágrimas dos plátanos

Desenhos e desenhos e desenhos

Um dos plátanos agacha-se e toca-me

E eu olho-o como se fosse o amanhecer

Embrulhado na toalha da madrugada

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:44

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 18:50

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:41

 

 

O prazer,

Saborear o cachimbo de uma manhã de outono, e cruzar os braços, e não fazer nada, rigorosamente nada.

Não pensar, porque se penso, porque se penso lá se vai o prazer,

O prazer,

Saborear o cachimbo de uma manhã de outono, e hoje é sábado, e não vou pensar, porque se penso, lá se vai o prazer.

E dos poucos prazeres que tenho na vida é o prazer de sentir o cachimbo de uma manhã de outono e olhar pela janela o mar,

E o mar enrodilha-se nos meus lábios, e o mar mistura-se no fumo do meu cachimbo… e desaparecemos dentro da manhã de outono,

O prazer cerra os olhos, o cachimbo da manhã de outono longe e muito longe, e eu de braços cruzados não penso em nada,

Porque se penso, porque se penso lá se vai o prazer.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:09

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

 

Finjo que tenho aquilo que nunca tive

E nunca vou ter

Finjo que na minha mão crescem malmequeres

E sorrisos pintados de sonhos

E não sorrisos e não sonhos

E nunca vi na minha mão um malmequer

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:35
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