Sempre o amor
Uma casa de quatro paredes
E janelas para o mar
Uma casa no centro da tempestade
E janelas para o mar…
E sempre o amor
Uma casa de quatro paredes
Que cresce e cresce e cresce
Como uma bolha de ar
E sobe ao céu
E voa sem parar
E janelas viradas para o mar
Sempre o amor
Que faz o homem sonhar
Sofrer
Ou chorar…
Janelas viradas para o mar
Numa casa de quatro paredes a que chamam de coração…
Cessaram os sorrisos no meu rosto
Cessaram
Os sonhos e a esperança e as manhãs
Cessaram os rios que me alimentavam
E me faziam correr para o mar…
Agora ando ao contrário e subo a montanha
Até desaparecer entre as nuvens
E depois das nuvens
Abraço-me as estrelas
E depois das estrelas…
A poeira gasosa
A luz e a escuridão dos buracos negros
Cessaram os sorrisos no meu rosto
Cessaram
As manhãs
E deixei de acordar
E deixei de ter esperança e acreditar
Porque sei que nunca mais voltarei a ver o mar…