Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

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Nov 11

Todos os conteúdos publicados neste blog são propriedade intelectual de Francisco Luís Rodrigues Fontinha.

 

Alijó - Portugal

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:11

Há uma roda cansada de girar

Há um tempo sem tempo

E continua a caminhar

Há uma roda

Uma roda com dentes de marfim

E nos lábios um calendário de bolso

 

Há uma roda

E eu

E eu sinto-a dentro do meu peito

E continua a caminhar

Uma roda dentada

Cansada de girar

 

Há uma roda cansada de girar

E o raio da roda que não cessa de caminhar

Há uma roda

Uma roda dentro do meu peito

Desajeitada

Sem jeito…

 

Uma roda dentada

E com dentes de marfim…

E nos lábios um calendário de bolso

 

Há uma roda

E eu

E eu sinto-a dentro do meu peito

E eu sinto-a dentro de mim

Desajeitada

Sem jeito…

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:09

Hoje decidi eliminar os meus blogs do Sapo. PT e a minha conta do facebook.

Porquê? Apeteceu-me.

E foi um prazer.

E de hoje em diante só vou publicar aqui neste espaço acolhedor, que é e sempre foi o meu orgulho; o verdadeiro Cachimbo de Água.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:49

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 18:55

Do silêncio amargo da tarde

Voos de gaivota poisam nos meus olhos

E trazem-me o mar

Do silêncio amargo

A pluma de um relógio

Que corre sobre a sombra de uma cabeleira postiça

 

O travesti sorri

E atravessa desequilibradamente as janelas do rio

O comboio para Cascais encalhado em Cais de Sodré

E o trasvesti sorri

No silêncio amargo da tarde

Como um parvo

 

Igual a mim

Que olha pelas janelas do rio

E sorri

No silêncio amargo da tarde

O travesti e eu e a tarde…

E trazem-me o mar

 

E trazem-me o mar

Voos de gaivota poisam nos meus olhos

E que difícil olhar o rio quando o rio dorme

Enrolado nos lençóis emagrecidos da madrugada

E o travesti encosta-se às janelas do rio

Onde eu fumo cigarros desordenadamente

 

E o comboio começa a crescer e desaparece em Cais de Sodré.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 18:42

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:40

 

(desenho de Luís Fontinha/MiLove)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:34

Sinto não sentindo

A vida.

Sinto não sentindo

A manhã a despedir-se do mar

E na minha janela

O silêncio

 

Sentindo eu não o sinto

Este corpo que teima em adormecer

E a abraçar-se aos limos da maré

E eu deixei de sentir

 

E eu deixei de ter fé.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:14
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