Tenho nos braços
As correntes de aço que me prendem
Às nuvens da manhã
Deixei de usar relógio
E o calendário que adormecia na parede da cozinha
Pintei-o de negro
Os dias
E as horas
Morrem
E entretenho-me a olhar as correntes de aço
Que aos poucos mergulham na saudade do mar…