Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

28
Nov 11

Sento-me na escada da insónia

E poiso a cabeça na almofada da solidão

Sobre mim os suspiros do jasmim

Que cambaleiam entre a noite e o sonho

Sento-me e poiso a cabeça

E na escada da insónia um sorriso agarrado ao corrimão

 

Um pequeno sorriso de gaivota

Com dentes de marfim

E gravata às bolinhas…

E a escada começa a subir

E o meu corpo a minguar

Nos suspiros do jasmim.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:11

 

59,4 x 84,1 (desenho de Luís Fontinha)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:04

Lamento desiludir os meus amigos

(se tenho amigos)

Mas detesto o natal

Odeio luzinhas suspensas em pinheiros

E não quero presentes

Nem ver o meu focinho

Pendurado numa árvore virtual…

 

E por favor

Não me enviem mensagens

A desejarem-me um bom ano

Quando tenho a certeza

Absoluta

Que vai ser outro ano de merda

 

Lamento desiludir os meus amigos

(se tenho amigos)

Mas detesto o natal

E não gosto dos três Efes…

Fado

Fátima

E Futebol

 

E neste natal

Esqueçam por alguns dias

Que eu existo

Lamento desiludir os meus amigos

(se tenho amigos)

Mas detesto o natal

E odeio luzinhas suspensas em pinheiros…

publicado por Francisco Luís Fontinha às 16:39

 

59,4 x 84,1 (desenho de Luís Fontinha)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:58

 

59,4 x 84,1 (desenho de Luís Fontinha)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:14

No poço da morte

Eu e as palavras

Um homem treme de frio

E uma flor de olhos vendados

Procura o sorriso das nuvens

E o silêncio da vida

 

Eu

Eu deitado nas planícies do sol

Eu acorrentado ao aço da maré

Quando o mar dorme dentro de uma caixa de sapatos

E eu

E eu no poço da morte

 

Muito feliz

Muito contente

Um homem treme de frio

Numa rua da cidade

Na margem do rio

Eu e as palavras

 

No poço da morte

Engasgado no voo da saudade

E no silêncio da vida

Um rio gagueja antes de abraçar o mar

Eu e as palavras

No poço da morte à espera de acordar

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:22
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