Desistir quando as nuvens da manhã
Se alicerçam à montanha em solidão
Desistir de olhar o mar
E brincar no rio
Desistir de lutar
Baixar os braços na terra semeada de sofrimento
Desistir das palavras
E das árvores que tombam no chão
Desistir
Cerrar os olhos no cansaço do vento
Desistir de pintar
Desistir de escrever
Desistir de sonhar
Desistir de viver
Se alicerçam à montanha em solidão
Desistir de olhar o mar
Desistir de caminhar
Sobre as sombras da noite
Desistir da lua e do luar
E adormecer eternamente sem acordar