Desfaz-se o meu corpo
Como um papel cansado
Saboreando o vento
Que desce a montanha
E poisa no rio
Com cio
Em sofrimento
Este petroleiro desgovernado
Saboreando o vento
Descendo o rio
Desfaz-se o meu corpo
Como um papel cansado
Embrulhado em sílabas de néon
Com um lacinho de saudade
E penso nela
Prisioneira de um livro de poemas
Sem vaidade
À janela
(Saboreando o vento
Prisioneira de um livro de poemas)
Sentada no jardim da cidade.