Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

19
Mai 12

Os ângulos rectos do amanhecer

junto à hipotenusa da tua boca

em delírio

uma ilha de cristal

acena-me e sou levado pelo vento

como uma abelha louca

em martírio

antes da morte

 

o seno das tuas mamas

tangentes ao limite das ruas paralelas da cidade

um rio em revolta

dando força aos teus braços

que me sufocam

em círculos

triângulos

rectos do amanhecer

 

trigonometria

geometria

poesia

ruas e calçadas

madrugadas

cansadas

Os ângulos rectos do amanhecer

sem palavras para eu escrever.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:30

Há uma cidade

dentro de mim

que fervilha e morre,

há uma saudade

no meu jardim

que saltita e corre,

 

há um clarim

que não me deixa adormecer,

há uma cidade dentro de mim

que não se cansa de morrer,

 

há uma cidade

perdida na saudade,

 

há uma cidade

dentro de mim

que fervilha e morre,

uma cidade sem idade

num corpo assim-assim...

no dia que chove.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 11:59
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