O sonho entra nas ranhuras do teu prazer
e da luz cansada da noite em construção
um sorriso de pétala desenha-se no espelho do rio
há uma janela sem rosto
nas águas-furtadas das tuas mãos
ninguém
ninguém para nos abraçar
a não ser...
a não ser as pequeníssimas folhas
em papel acetinado da manhã
quando se despede a noite
sem noite dentro de ti