Inventas o medo
com um sorriso nas mãos
desenhas os olhos da noite
nos dedos imaginários do desejo
olhas o mar
desejas o mar
e o mar
e o mar acorda no teu peito
e o mar
enrola-se nas tuas mãos de seda
e o medo vai para longe
inventas o medo
sobre o zinco da aldeia
entre o capim
e o cacimbo
e o medo
para longe
inventas com um sorriso
nas palavras tuas mãos.