Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

03
Jun 12

era tarde

quando acordei para a vida

passeavam estrelas sobre o meu peito

e nuvens de espuma alicerçadas às minhas mãos

era tarde

quando entraste em mim

e comeste todas madrugadas fictícias

e comeste todas as alegrias

que viviam nos lençóis de alumínio sobre os meus ombros

era tarde

acordei

nas estrelas para a vida

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:34

02
Jun 12

anjo

com asas de luz

e silêncios de amanhecer

anjo

em flor madrugada

e vento de sofrer

 

anjo

com asas de luz

e lábios de beijar

anjo anjo viver

anjo de amar

 

anjo

com asas de luz

e corpo de prazer

anjo

anjo de papel

e lápis de escrever.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:25
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Sofrendo

sentindo o tempo morrer

passando

sofrendo

o vento a correr

 

saltando

os muro invisíveis da solidão

sofrendo sofrer

o vento a morrer

na cansada minha mão

 

sonhando

sentado sofrendo

viver

viver acreditando

acreditar

sofrendo sofrer.

publicado por Francisco Luís Fontinha às 12:22

01
Jun 12

Porquê a paixão

se a solidão

brinca na minha mão

Porquê o coração

se o amor de uma noite de verão

esvoaça e cai sobre as cinzas da ilusão

 

Porquê uma luz de espuma

dentro da cabeça do poema

Porquê

Porquê os lábios em chama

com as rosas em bruma

Porquê

Porquê a paixão

se a solidão

vive no meu coração

Porquê

porquê o amor

e a solidão

 

Porquê.

 

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:41

Vivo num túnel de luz

embrulhado em rosas

vento

e abelhas feiticeiras

vivo entre as janelas

com fotografias para o mar

e ao final do dia

cruzo os braços e um finíssimo fio de tristeza

abraçado às palavras que nunca escrevi

 

palavras parvas

parvas sem coragem

palavras emersas em cinza

e palavras sem palavras

 

vivo

embrulhado em rosas

vento

e abelhas feiticeiras

 

vivo entre janelas

e um túnel de luz

com árvores de papel

e lábios de chocolate

 

e ao final do dia

cruzo os braços

e alguém encerra os cortinados da alegria

num túnel de luz.

 

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:47

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