quando o corpo é um amontoado de destroços orgânicos
e o coração uma pedra de xisto romântica
entalada entre a montanha e o rio
à espera que desça a noite sobre os vinhedos desassossegados da manhã
quando o corpo se ergue para se abraçar na longínqua solidão
e o vento suave inventa bolhas de sabão
e palavras de amor
quando o rio se transforma em jardim
e as árvores vestem-se de pássaros
e nas ruas da cidade
constroem-se sonhos de meninos
(poema não revisto)