Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

08
Out 12

Um dia vou esquecer-me das palavras

um dia os livros deixarão de me olhar

como todos os dias

nasce a luz em finíssimos fios de neblina

 

um dia a espada da morte

entra no meu peito

e deixo de ouvir a musicalidade das manhãs

um dia os livros

esquecerei os centímetros de solidão

e os milímetros de desejo

 

sem perceber que um dia

as palavras

um dia dos livros

 

os lábios doces da Lua apaixonada

viverei desacorrentado

sentado

esperando por ti no cais do amor...

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:34
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As outras coisas que a noite constrói

ou

à noite o vento come as nuvens do sonho

o coração de açúcar dói

desgraçados todos os pássaros sem nome

residentes na penumbra madrugada

hoje

hoje lembrei-me das tuas palavras do poema destruído

pelas manhãs de inverno

o rio

ou

hoje lembrei-me dos teus lábios de algodão

 

as outras coisas sem significado

desenhando silêncios na garganta do pôr-do-sol

um barco chora

magoa-se nas montanhas do amor

e da solidão dos cabelos castanhos da Primavera

ou

hoje

adormeço abraçado ao teu retrato.

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:41

Outubro 2012
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