Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

24
Out 12

O corpo solidifica-se nas nuvens de açúcar

das películas transparentes que brincam infinitamente

nas ondas cansadas do mar,

 

Preciso urgentemente das palavras do orvalho

que nas noites de inverno

as canções de silêncio apaixonado

transportam o vento às algibeiras do sonho,

 

Caiem sobre mim as luzes selvagens da cidade

nas damas de corações emagrecidos pela solidão da vida amarga e desmedida

que cresce nas madrugadas dos olhos do ciúme

saltitando de socalco em socalco,

 

O corpo solidifica-se nas entranhas sombras do amor

quando baixinho murmuras AMO-TE

e fico impacientemente sentado nos lábios do teu sorriso

para desenhar beijos na tua boca.

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 22:16

Existiam sorrisos de dor

nas tuas palavras

pequeníssimos beijos de luz

na madrugada sem destino

o eu ausente

caminhando sobre o mar em flor

em menino

o amor

que a chuva sente

nas tardes de Outubro

o poema transforma-se em pedacinhos de xisto

e mel poisado nos lábios da amêndoa,

 

Procuro a cidade

dentro da algibeira dos cadáveres quando dormem sossegadamente

nas pedras frias do destino

a cidade cresce dentro das ruas sem saída

que o rio engole das janelas da manhã enfeitada com fios de papel,

 

Oiço vagarosamente os sorrisos de dor

nas tuas palavras,

 

e uma corda de sono

entrelaça-se nas minhas mãos esquecidas nas árvores do inverno

cai a noite sobre nós

e descem as estrelas até aos teus olhos de luar.

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:10

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