Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

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Out 12

Diziam que ele atravessava as paredes da insónia

quando os holofotes da fome desciam sobre o leito de madeira

e pedacinhos de xisto embrulhados em lágrimas de incenso,

 

Havia frestas nos silêncios pegajosos dos beijos em construção

desmesuradamente cansados da ausência tempestuosa dos sorrisos envergonhados

das rosas vermelhas em perfume cintilante com bolinhas cor de amêndoa,

 

Diziam que ele conversava com as sombras da cidade

e bebia o suor do rio solitário escondido nas ilhargas flutuantes do sono,

 

Diziam que ele era homem em corpo de mulher

à procura dos paralelepípedos da Ajuda

e cerrava os olhos

e escondia as lágrimas dentro da neblina do primeiro amor...

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:59

Amargas as mandíbulas da paixão

na boca expressa da serpente feiticeira

os olhos desmesuradamente em direcção ao infinito

no silêncio da água ribeira,

 

As palavras comem as sombras do rodapé da algibeira

quando os sonhos brincam na madrugada

da serpente feiticeira

sereia carícia dos lábios da aldeia abandonada,

 

Amargas as mandíbulas da paixão

entre flores e beijos em cadências amanhecer

na boca o coração

em gemidos de prazer.

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 17:53

Outubro 2012
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