Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

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Nov 12

À via láctea da saudade

aporta a dor indesejada das veias mergulhadas na insónia

das palavras semeadas nas avenidas

ruas desertas

cansadas

das meninas

sem janelas para as andorinhas do silêncio eterno

quando dorme a cidade na tua mão de marinheiro sem porto nem barco nem destino,

 

sem dinheiro

à via láctea da saudade

a viagem para a outra distante margem

funda

imunda

nos cigarros inventados pelo louco jardineiro do amanhecer

quando dorme

sem janelas,

 

e sonha com o mar de pérolas desenhadas na areia

funda

imunda

a saudade

na partida

quando cessa o regresso

e todas as árvores

e todas as árvores tombam sobre a noite de ninguém...

 

(poema não revisto)

publicado por Francisco Luís Fontinha às 00:19

publicado por Francisco Luís Fontinha às 23:31
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