foto de: A&M ART and Photos
as coisas sem nome
que absorvem o meu cansaço
as coisas longínquas entre pedaços de esperma
e insignificantes abraços
as coisas sem nome
que vivem tristemente no silêncio da neblina
à coisa pouca que o meu olhar ilumina...
as coisas que tu escondes
os nomes que inventas nas páginas de um livro
as letras doentes
às letras dormentes
sofredoras no peito da paixão
as coisas mortas e mornas
quando a lareira dos teus lábios
desce às profundezas da demência...
e um corpo amorfo flutua no tecto da noite embriagada
as coisas sem nome
as coisas disfarçadas de fome
que vivem e sobrevivem às tempestades dos abraços
em laços
sem nome
as coisas
as coisas imperfeitas dos muros da cidade dos queijos...
as coisas das coisas em planícies agrestes
os beijos
das coisas
em coisas...
caminhos pedestres
bocas magoadas
inchadas
dos fumos cinzentos das plantas sem nome
as coisas das coisas em coisas às coisas com fome
(não revisto)
@Francisco Luís Fontinha – Alijó
Quinta-feira, 26 de Setembro de 2013