dizem-me os teus olhos
pequeníssimos lençóis de solidão
fios de seda em desejo coração
manhãs adormecidas e sem poiso
dizem-me os teus olhos
que há madrugadas quadriculadas
e amanheceres triangulares
dizem-me...
quando oiço o teu enfeitado sorriso brincando na calçada
e uma criança abandonada
aprisiona o teu olhar e me diz...
o que dizem os teus olhos.
Francisco Luís Fontinha – Alijó
Sexta-feira, 16 de Maio de 2014