Blog de Luís Fontinha. Nasceu em Luanda a 23/01/1966 e reside em Alijó - Portugal desde Setembro de 1971. Desenhador de construção civil, estudou Eng. Mecânica na ESTiG. Escreve, pinta, apaixonado por livros e cachimbos...

13
Jul 14

Horrível,

este poema sem marinheiro,

feliz deste barco embrulhado no vento,

desgovernado,

só...

só... e em sofrimento,

faltam-lhe as palavras,

faltam-lhe... faltam-lhe os encantos dos murmúrios de Inverno,

este poema... filho do Inferno,

que arde na lareira do desejo,

horrível...

este poema com o nome de beijo!

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Domingo, 13 de Julho de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 21:55

Que faço a estas páginas sem nome,

que digo às palavras escritas nestas páginas sem nome...!

 

Triste, a mão que se recusa a escrever,

a mão trémula que inventa cigarros de arder...

que faço a estas páginas de escrever,

anónimas, desorganizadas... páginas mortas, páginas amarguradas,

triste, a mão que acaricia o rosto da madrugada,

e não se cansa de amar,

 

Que faço... ao cabelo sem vento!

 

Sem nome, prontas a escrever,

que faço eu mergulhado no teu corpo de neblina...

triste, a mão que não se cansa de sombrear o amanhecer,

 

Que faço, eu!

 

Que faço eu nesta tela envergonhada,

onde moram os teus seios de menina...

que triste..., que triste as páginas deste livro quase a morrer,

que faço eu, às palavras não escritas,

aos beijos desenhados na mesa-de-cabeceira,

sem saber o que fazer...

 

 

Francisco Luís Fontinha – Alijó

Domingo, 13 de Julho de 2014

publicado por Francisco Luís Fontinha às 19:02

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